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sábado, 9 de fevereiro de 2013

QUE EU SEJA ANÃO, NO MUNDO GIGANTE.


Que eu continue pequeno, no mundo dos grandes.
Pois, ser grande e ser adulto,
É maltratar, menosprezar, aniquilar, exterminar.
Que eu continue pequeno,
Que eu não ultrapasse a minha infantilidade,
Pois, ser grande e ser adulto,
É exterminar o amor, a paz, a alegria.
É incentivar o destrutivo, o estupor, é anular a fantasia.
Que eu continue pequeno no meu grande sonho.
Na fase contagiante, que eu pertença ao mundo de ontem.
Que eu me redima ao tamanho de um átomo,
Prefiro viver em anonimato.
Que nesse mundo escasso de fraternidade e comunhão...
Eu preserve meu irmão.
Que eu continue freio, num mundo tão avançado.
Que eu me torne vácuo, num mundo tão nefasto.
Que eu nunca seja velocidade, esperteza.
Que eu continue sempre vagarosidade, moleza,
Para ficar longe de tanta besteira.
Pois, só assim, me sentirei mais humano e feliz.
E, na certeza,
De não estar evoluindo um mundo pobre de espírito,
Um mundo não quisto a voz do coração.
Um mundo compromisso e tão submisso...
Que corre, corre, para o infinito.
Pois, sua jornada é ridícula, sem objetivo.
Que no mundo dos grandes, eu continue pequenino.
Que no mundo do máximo, eu seja mínimo.
Pois, só assim,
Continuarei no mundo dos grandes... menino.

Donizete Alves

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