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quarta-feira, 18 de maio de 2011

O que você acha do "BULLYING"?



Bullying, brincadeira que machuca

Bullying dói
O mal-estar causado por zombarias e violência corporal entre colegas de escola afeta a saúde física e emocional das crianças. Mas o curativo está ao nosso alcance

por GIULIANO AGMONT

Acena é clássica em filmes americanos: os grandalhões da equipe de futebol infernizam a vida do protagonista da trama, em geral um garoto tímido e franzino, incapaz de se impor diante da brutalidade dos colegas. O garoto indefeso é perseguido, ridicularizado, humilhado e, nas cenas mais dramáticas, até surrado, enquanto seus algozes saem impunes. No decorrer da película, o personagem principal, com auxílio de seus amigos nerds, rebela-se contra a tirania dos agressores e passa de vítima a herói.
Na vida real, no entanto, as histórias em que há esse tipo de violência nem sempre acabam com o mesmo final feliz e hollywoodiano. O fenômeno conhecido como bullying tem consequências preocupantes para a saúde física e principalmente emocional de seus atores — tanto faz se são os agressores, as vítimas ou as testemunhas. E o que é pior: a intimidação, o medo e a vergonha sedimentam um pacto velado de silêncio entre os jovens. É comum que pais e educadores só se deem conta do que está acontecendo quando a situação chega a extremos. Diante de quadro tão crítico, a pergunta é uma só: o que fazer?

“Em primeiro lugar, manter a calma”, aconselha o pediatra Aramis Antônio Lopes Neto, do Departamento de Segurança da Criança e do Adolescente da Sociedade Brasileira de Pediatria. Entender o fenômeno é um excelente começo. Sem tradução direta para o português, o termo é utilizado para designar violências físicas e psicológicas praticadas de forma recorrente por um indivíduo ou um grupo deles contra um mesmo colega, que acaba se tornando uma espécie de bode expiatório. Mais frequente na escola, nada impede que aconteça no condomínio, no bairro, na família e no trabalho — adultos também podem sofrer com esse tormento.

A maneira de agredir varia muito: verbal, física, moral, material e até sexual. As crianças apelidam, batem, amedrontam, discriminam. De uns tempos para cá, e-mails, blogs, fotos e SMSs incrementaram o arsenal da garotada — criando a variante batizada de ciberbullying. O motivo que justifica o ato violento, em geral, é apenas um pretexto, qualquer coisa que diferencie a vítima: estatura, peso, pele, cabelo, sotaque, religião, notas, roupas, classe social ou outra característica que sirva ao preconceito.

Bullying

Projeto nacional orienta sobre bullying e abuso sexual infantil
Dados da pesquisa Bullying escolar no Brasil, publicada em 2010 pela ONG Plan Brasil, mostram que no país cerca de 70% dos estudantes dizem já terem presenciado cenas de violência em suas unidades de ensino. Ainda de acordo com o levantamento, quase metade dos estudantes do Sudeste do País (47%) já viu algum colega sofrer bullying, definido como uma agressão feita de forma sistemática, praticada pelo menos três vezes contra a mesma pessoa num mesmo ano. Em 2011, o projeto Quebrando o Silêncio vai conscientizar adultos, jovens, crianças e adolescentes sobre os riscos dessa prática. É a décima edição da iniciativa que envolve órgãos governamentais, igrejas e a sociedade civil organizada. Mais de 570 mil revistas com linguagem apropriada para o público infantil serão distribuídas em todos os estados. A história principal da revistinha leva o sugestivo título de Respeito é bom e nós gostamos e aborda o constrangimento pelo qual passa uma estudante. Há jogos educativos, também, que ajudam a tratar do problema sob a ótica infantil.
A versão da revista direcionada aos adultos possui artigos sobre abusos sexuais infantis e como é possível identificar problemas com os pequenos.
Saiba mais sobre esse projeto, seus principais resultados e os materiais da campanha através do site
http://www.quebrandoosilencio.org

Infelizmente, estamos presenciando com freqüência atos violentos. Seja contra jovens, idosos, animais, nem mesmo as crianças estão livres ou imunes a tal procedimento, (ninguém está livre de ser agredido). E não importa mais o motivo, você corre o risco de ser agredido simplesmente pelo prazer da agressão, se é que pode se chamar algum tipo de agressão de prazer. Pode arranjar a desculpa que quiser: Preconceito, racismo, no final, dá na mesma - um ato violento. A vida já é tão séria, tão curta, para ficarmos a mercê desses animais. 
Acredito que, tudo isso só possa ser modificado quando tivermos uma educação de qualidade para todos, ou quando a maioria dos jovens se concentrarem nas igrejas.  E não estou aqui falando de religiosidade, estou falando de Deus, pois quem tem Deus no coração e o teme independente de sua denominação religiosa, com certeza, não tomará partido algum em atos violentos. 
Nossas leis são muito brandas, o que acaba incentivando esse tipo de comportamento. Precisamos de leis mais severas mas, precisamos principalmente, estarmos de bem com nós mesmos e com os outros para não termos motivo algum para agredir ou ferir.

Bullying? Sou totalmente contra! Pois, na maioria das vezes, uma agressão maior começa exatamente com uma atitude menor, cuja intenção é denegrir a imagem do outro. 

Donizete Alves


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