Outro dia, vi uma formiga que carregava uma
enorme folha.
A formiga era pequena e a folha devia ter,
no mínimo, dez vezes o tamanho dela. A formiga a carregava com sacrifício.
Ora a arrastava, ora a tinha sobre a cabeça.
Quando o vento batia, a folha tombava, fazendo cair também a formiga.
Foram muitos os tropeços, mas nem por isso a
formiga desanimou de sua tarefa. Eu a observei e acompanhei, até que chegou
próximo de um buraco, que devia ser a porta de sua casa.
Foi quando pensei:
“Até que enfim ela terminou seu
empreendimento”. Ilusão minha. Na verdade, havia apenas terminado uma etapa.
A folha era muito maior do que a boca do
buraco, o que fez com que a formiga a deixasse do lado de fora para, então,
entrar sozinha.
Foi aí que disse a mim mesmo: “Coitada, tanto sacrifício para nada.” Lembrei-me ainda do ditado popular: “Nadou, nadou e morreu na praia.” Mas a pequena formiga me surpreendeu.
Do buraco saíram outras formigas, que começaram a cortar a folha em pequenos pedaços.
Elas pareciam alegres na tarefa. Em pouco
tempo, a grande folha havia desaparecido, dando lugar a pequenos pedaços e eles
estavam todos dentro do buraco.
Imediatamente me peguei pensando em minhas
experiências.
Quantas vezes desanimei diante do tamanho das tarefas ou dificuldades?
Talvez, se a formiga tivesse olhado para o tamanho da folha, nem mesmo teria começado a carregá-la.
Quantas vezes desanimei diante do tamanho das tarefas ou dificuldades?
Talvez, se a formiga tivesse olhado para o tamanho da folha, nem mesmo teria começado a carregá-la.
Invejei a persistência, a força daquela
formiguinha. Naturalmente, transformei minha reflexão em oração e pedi ao
Senhor:
Que me desse a tenacidade daquela formiga,
para “carregar” as dificuldades do dia-a-dia.
Que me desse a perseverança da formiga, para não desanimar diante das quedas.
Que eu pudesse ter a inteligência, a
esperteza dela, para dividir em pedaços o fardo que, às vezes, se apresenta
grande demais.
Que eu tivesse a humildade para partilhar com os outros o êxito da chegada, mesmo que o trajeto tivesse sido solitário.
Pedi ao Senhor a graça de, como aquela
formiga, não desistir da caminhada, mesmo quando os ventos contrários me fazem
virar de cabeça para baixo, mesmo quando, pelo tamanho da carga, não consigo
ver com nitidez o caminho a percorrer.
A alegria dos filhotes que, provavelmente,
esperavam lá dentro pelo alimento, fez aquela formiga esquecer e superar todas
as adversidades da estrada.
Após meu encontro com aquela formiga, saí
mais fortalecido em minha caminhada.
Agradeci ao Senhor por ter colocado aquela
formiga em meu caminho ou por me ter feito passar pelo caminho dela.
Sonhos não morrem, apenas adormecem na alma
da gente.
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