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sábado, 17 de novembro de 2012

Rubens Figueiredo fala dos trabalhos como escritor, tradutor e da atividade que lhe dá maior satisfação: a de professor

“Não ver, não entender e até não sentir. E tudo isso sem chegar a ser um idiota e muito menos um louco aos olhos das pessoas.” É assim que Rubens Figueiredo inicia Passageiro do Fim do Dia, eleito o melhor livro do ano pelos júris dos prêmios Portugal Telecom e São Paulo de Literatura.

A obra narra a viagem de Pedro em um ônibus lotado, a caminho da casa de sua namorada, localizada em uma violenta periferia de cidade grande. Durante o percurso, o protagonista reflete sobre sua vida e sobre as outras vidas que, assim como a sua, dependem diariamente daquele transporte deficitário. No final da viagem, Pedro desembarca com um novo conhecimento das coisas ao seu redor.

Nascido no Rio de Janeiro, em 9 de fevereiro de 1956, Rubens estreou na literatura em 1986, com a publicação do romance O Mistério da Samambaia Bailarina.

Além de escritor, Rubens é professor de português do ensino médio e tradutor do inglês, do espanhol e do russo para o nosso idioma.

Na entrevista abaixo, concedida ao SaraivaConteúdo, Rubens fala sobre as dificuldades que encontrou para escrever Passageiro do Fim do Dia, além de comentar a importância social da literatura e de suas demais atividades como professor e tradutor.

Como surgiu a ideia de escrever a história de um cidadão comum, que relembra momentos de sua vida na volta para casa?

A ideia original era escrever sobre os processos que produzem e reproduzem a desigualdade, que a legitimam em nosso pensamento e tentam impedir que a vejamos como uma injustiça e uma brutalidade banalizada pela mera repetição, como algo construído no dia a dia, em parte à nossa própria revelia. Era preciso investigar situações cotidianas e banais em que aqueles processos agem e se concentram. A viagem diária de ônibus do trabalho para casa me pareceu propícia para isso. Permitia também imprimir certa mobilidade à narrativa, no espaço e no tempo.
Além de concentrar um certo número de personagens num espaço reduzido e num tempo compacto.

Quanto tempo demorou o processo de criação de Passageiro do Fim do Dia?

Acho que devo ter ficado uns quatro anos fazendo o livro. O engraçado é que talvez tenha ficado mais tempo pensando no que escrevia do que escrevendo propriamente. Eu pensava e depois refazia tudo, avançava um pouco, parava para pensar e refazia de novo.

Sentiu alguma dificuldade no desenvolvimento da obra?

Muita. É mais difícil do que se imagina encontrar os meios adequados para tratar, num romance, de um assunto que a própria sociedade se empenha em esquecer. Uma questão cujo aspecto de fundo (a legitimidade de destruir a vida de muitos para preservar alguns excessos de poucos) constitui o verdadeiro tabu de nosso cotidiano. As incríveis dificuldades e as complicações que surgem em nosso pensamento toda vez que tentamos questionar essa situação me pareceu, por si só, constituir um tema rico para meu livro.

O livro descreve uma realidade comum a diversos brasileiros que vivem nas periferias urbanas. Além de enfrentarem as dificuldades de uma região violenta, os personagens encaram um transporte público deficitário para chegarem até ela. Você acredita que as mazelas sociais do país vêm sendo bem exploradas pela literatura?

Creio que a literatura (não só do Brasil) ganharia bastante se fosse encarada como uma forma de ampliar nosso conhecimento dos processos que regem a sociedade. Se não tiver esse fundo crítico, a literatura corre sério risco de ser irrelevante, por mais sucesso que faça.

Você diz só escrever quando tem algo relevante a dizer. Como você julga o que é ou não relevante?

Acho que da mesma maneira como qualquer um julga essa questão. Aquilo que parece ter mais peso, alcance e abrangência deve ser mais relevante. Supor que cada indivíduo é, por definição, um sujeito livre e que suas opções valem tanto quanto outras simplesmente por serem suas, além de me parecer uma ilusão, compreende, em última análise, um hino ao poder e à força.

Além de escrever ficção, você atua como tradutor do russo para o português. Como surgiu o interesse pela língua russa e a possibilidade das traduções?

É uma longa história. Vou resumir. Estudei russo na Faculdade de Letras da UFRJ, entre 1974 e 1978 e depois em 1981 e 1982. Gostava dos escritores e houve, talvez, mais alguns motivos (eu temia não ser aprovado no vestibular para outras especialidades e estávamos na ditadura civil-militar: estudar russo por si só tinha algo de contestador). As traduções começaram quando a editora Cosac, por meio do editor Augusto Massi, me procurou para fazer traduções do inglês, pois eu já as fazia havia dez anos. Sugeri, em troca, fazer traduções do russo. Ele pensou um minuto, aceitou e fomos em frente.

Você também faz traduções do inglês e do espanhol para o português. Como leitor, você prefere a literatura de qual idioma e por quê?

Como leitor, prefiro ler em português. Me identifico com o idioma, faz parte de minha vida.

Qual dessas literaturas te influencia mais e por quê?

A literatura russa marca mais. Sua relação com a sociedade difere a fundo do tipo de relação que a literatura de nosso tempo adotou (ou foi levada a adotar). Isso lhe dá um conteúdo e um alcance muito mais interessantes, além de uma liberdade que às vezes até pode nos assustar.

O trabalho como tradutor te auxilia de alguma forma como criador?

O trabalho do escritor também pode ser encarado como uma tradução. Imagens, impressões, emoções, expectativas, idéias, na maioria das vezes, não se apresentam em forma de linguagem verbal. O escritor tenta traduzi-las em seu idioma, em palavras, frases, parágrafos. A rigor, a tradução faz parte de toda prática da língua, mesmo em nosso cotidiano mais corriqueiro.

Como você divide seu tempo entre as traduções e as criações literárias?

Puxa, eu divido como posso! Não consigo fazer muitos esquemas. Só sei que apenas consigo escrever alguma coisa quando as experiências, as impressões e os pensamentos se acumularam na minha cabeça, ganharam uma certa densidade e começaram a sugerir uma espécie de forma e direção. Nessa hora, há uma espécie de pressão interna e parece que está na hora de escrever.

Você também é professor de português no ensino médio. Dentre todas suas atividades, qual é aquela que te propicia mais prazer: traduzir, lecionar ou ficcionar?

Dou aula no ensino médio e supletivo do nível fundamental, no turno da noite, há 27 anos. E essa é a atividade que me dá maior satisfação.

Por Marcos Fidalgo

domingo, 11 de novembro de 2012

Espinhos

Vemos o mundo sempre de maneira plana e Deus vê o mundo por um todo. Para o que não entendemos, procuramos explicação para que haja em nós satisfação.

E nesse olhar torto que temos da vida, nos enganamos quando nos colocamos de lado, separamos as pessoas como abençoadas ou não, merecedoras ou não de felicidade.

Uma parte mínima das pessoas não aceita esse destino todo feito e tenta mudar a situação. Porém uma grande parte baixa a cabeça, numa atitude de resignação.

Deus não coloca as pessoas nas mesmas categorias que nós. Pessoas abençoadas para Ele não são as que nunca ficam doentes, nunca enfrentam provações, nunca se sentem rejeitadas ou culpadas e parecem ter uma vida tão perfeita que causam inveja. Jó perdeu tudo e foi abençoado!

O apóstolo Paulo foi um homem abençoado. Deixou palavras, combateu o bom combate e até os dias de hoje nós somos beneficiados com seus ensinamentos. Portanto, ele fala de um espinho, de algo que o incomodava e do qual queria se livrar. Quando ele se foi, carregou com ele esse espinho. O importante, como nos ensina, é que apesar de tudo guardou a fé.

Nós temos também nossos espinhos, cada um com o seu ou seus, que servem apenas para nos lembrar do quanto somos humanos. Podemos ter muito mais certeza do amor das pessoas que nos amam apesar das nossas imperfeições que do amor daquelas que nos amam pelas nossas qualidades. As primeiras vêem as qualidades e aceitam as diferenças, as outras correm o risco de se decepcionar dia ou outro.

Mas Deus, esse mesmo Deus que amou Paulo, nos ama incondicionalmente e nos abençoa. Ele nos ama se estamos doentes, se estamos carentes, nos sentimos sós e até se o desespero quer ficar maior que nossas forças. Ele nos ama independente da nossa estatura, condição física ou personalidade.

Não podemos ver nossos espinhos como maldições, mas como algo que não impede nossa beleza, não impede que sejamos inteiros, sorridentes e felizes e alguma coisa boa e positiva na vida de alguém.

Ame-se o bastante para acreditar que você pode ser amado apesar de ser quem é, de ter o que tem. Os espinhos não deformam as rosas, eles as tornam ainda mais belas, misteriosas e fascinantes.

Cuide-se e nunca desista da felicidade, não veja o mal como uma fatalidade, combata-o com amor e se ele ainda ficar, ame-se ainda e assim mesmo, porque Deus te ama assim, com seus defeitos, suas doenças, seu sentimento de abandono.

Saber que somos amados renova nossas forças, levanta nosso ânimo, nos abre portas e caminhos.

Somos todos bênçãos quando damos a mão, compartilhamos do pouco que temos e do muito que desejamos e nos vemos de igual para igual. Somos todos abençoados, mesmo se nosso caminho é feito de pequenas pedras que machucam nossos pés. O importante mesmo é que elas não nos impeçam de caminhar.

Letícia Thompson

A INVERSÃO DOS VALORES

PIPOCA

A transformação do milho duro em pipoca macia é símbolo da grande transformação por que devem passar os homens.
o milho de pipoca não é o que deve ser.
Ele deve ser aquilo que acontece depois do estouro.
O milho somos nós: duros, quebra-dentes, impróprios para comer.
Mas a transformação só acontece pelo poder do fogo.
Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho para sempre.
Assim acontece com a gente.
As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo.
Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito, a vida inteira.
São pessoas de uma mesmice, uma dureza assombrosas.
Só elas não percebem.
Acham que o seu jeito de ser é o melhor jeito de ser.
Mas, de repente, vem o fogo.
O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos - Dor.
Pode ser o fogo de fora: perder um amor, um filho, um amigo ou o emprego.
Pode ser o fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão, doenças e sofrimentos cujas causas ignoramos.
Há sempre o recurso do remédio, uma maneira de apagar o fogo.
Sem fogo, o sofrimento diminui.
E com isso a possibilidade da grande transformação.
Imagino que a pipoca dentro da panela, ficando cada vez mais quente, pensa que a sua hora chegou: vai morrer.
Dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não consegue imaginar destino diferente.
Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada.
A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz.
Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece: BUM!
E ela aparece completamente diferente, como nunca havia sonhado.

Piruá é o milho que se recusa a estourar.
São aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente se recusam a mudar.
Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem. A sua presunção e o medo são a dura casca que não estoura.
O destino delas é triste.
Ficarão duras a vida inteira.
Não vão se transformar na flor branca e macia.
Não vão dar alegria para ninguém.
Terminado o estouro alegre da pipoca, no fundo da panela ficam os piruás que não servem para nada.
Seu destino é o lixo.

E você, o que é?

Uma pipoca estourada ou um piruá?

Rubem Braga

Durante nossa vida é inevitável perder coisas. Muitas vezes estas perdas são penosas e supostamente injustas, porém certamente necessárias para que coisas novas e melhores possam acontecer.
Jogue fora ideias, crenças, maneiras de viver ou experiências que não lhe acrescentam nada e lhe roubam atenção e energia. Aproveite e tire do seu “armário” aquelas coisas negativas que só lhe trazem tristezas, ressentimentos, mágoas e sofrimento. 
O “novo” só pode ocupar espaço em nossas vidas quando o “velho” deixar de fazer parte dela.
“As coisas que nos ferem, instruem.”

Benjamim Franklin


“Às vezes é necessário se desviar do caminho por uma longa distância para voltar na direção correta a uma curta distância.”

Adward Alber


“Se alguém varre as ruas para viver, deve varrê-las como Michelangelo pintava, como Beethoven compunha, como Shakespeare escrevia.”

Martin Luther King


“Deve-se ler pouco e reler muito. Há uns poucos livros totais, três ou quatro, que nos salvam ou que nos perdem. É preciso relê-los, sempre e sempre, com obtusa pertinácia. E, no entanto, o leitor se desgasta, se esvai, em milhares de livros mais áridos do que três desertos. “

Nelson Rodrigues


“Tudo deve ser feito da maneira mais simples possível.”

Albert Einstein


“Não há nada de engraçado num remédio, mas há muito de remédio numa coisa engraçada. “

Joseph Billing


“O maior poder que uma pessoa detém é o poder de escolher.”

J. Martin Kohe


“Ninguém pode lhe dar paz a não ser você mesmo. Nada pode lhe dar paz a não ser a vitória dos princípios.”

Ralph Waldo Emerson


“Se as boas maneiras fossem um animal, este seria uma espécie em extinção.”

Henry C. Rogers


“Nossas recompensas na vida serão sempre na exata proporção da consideração que mostramos pelos outros.”

Conde de Nightingale

Alguém disse que aquilo não podia ser feito,
Mas ele, com uma risada, replicou
Que talvez não pudesse, mas ele seria aquele
Que não diria não, até que houvesse tentado.
Então abaixou-se com um grande sorriso.

Se estava preocupado, escondeu.
Começou a cantar enquanto atacava a coisa
Que não podia ser feita, e a fez.

Alguém zombou: Oh, você nunca fará isto;
Pelo menos, ninguém conseguiu fazer.
Mas ele tirou o casaco e o chapéu,
E a principal coisa que ele sabia é que a tinha começado.
Com um levanto do queixo e um ar de riso,
Sem duvidar ou resistir,
Ele começou a cantar enquanto atava a coisa
Que não podia ser feita, e a fez.

Há milhares para lhe dizer que ela não pode ser feita,
Há milhares para anunciar fracasso;
Há milhares para apontar, um a um,
Os perigos que o aguardam para o assaltar.
Mas simplesmente curve-se com um sorriso,
Tire o casaco e vá em frente;
Simplesmente comece a cantar enquanto ataca a coisa
Que “não pode ser feita”, e você a fará.

Edgar A. Guest

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Quando me amei de verdade

Quando me amei de verdade
pude compreender
que em qualquer circunstância,
eu estava no lugar certo, na hora certa.
Então pude relaxar.

Quando me amei de verdade
pude perceber que o sofrimento
emocional é um sinal de que estou indo
contra a minha verdade.

Quando me amei de verdade
parei de desejar que a minha vida
fosse diferente e comecei a ver
que tudo o que acontece contribui
para o meu crescimento.

Quando me amei de verdade
comecei a perceber como
é ofensivo tentar forçar
alguma coisa ou alguém
que ainda não está preparado.
- inclusive eu mesma.

Quando me amei de verdade
comecei a me livrar de tudo
que não fosse saudável.
Isso quer dizer: pessoas, tarefas,
crenças e – qualquer coisa que
me pusesse pra baixo.
Minha razão chamou isso de egoísmo.
Mas hoje eu sei que é amor-próprio.

Quando me amei de verdade
deixei de temer meu tempo livre
e desisti de fazer planos.
Hoje faço o que acho certo
e no meu próprio ritmo.
Como isso é bom!

Quando me amei de verdade
desisti de querer ter sempre razão,
e com isso errei muito menos vezes.

Quando me amei de verdade
desisti de ficar revivendo o passado
e de me preocupar com o futuro.
Isso me mantém no presente,
que é onde a vida acontece.

Quando me amei de verdade
percebi que a minha mente
pode me atormentar e me decepcionar.
Mas quando eu a coloco
a serviço do meu coração,
ela se torna uma grande e valiosa aliada.


Kim McMillen & Alison McMillen
In: Quando me amei de verdade
Trad. Iva Sofia Gonçalves Lima
Rio de Janeiro: Sextante, 2003 96p.

Minha mãe morreu em setembro de 1996, aos 52 anos, poucos meses depois de escrever este livro. Não ficou doente e não imaginava que estava prestes a morrer. Teve uma morte súbita, que chocou profundamente todos que a conheciam. Tem sido muito difícil para mim, assim como para seus amigos e sua família, enfrentar a vida sem ela.

Morreu muito jovem, e estou consciente de sua ausência em cada momento de minha vida. Este livro tem me ajudado a suportar a tristeza. Seguindo seu exemplo, continuei a divulgá-lo fora do meu círculo mais próximo. Tem sido uma tarefa extremamente gratificante. Tenho recebido inúmeras cartas e telefonemas, de todas as partes do mundo, de pessoas que se sentiram tocadas pela sabedoria das palavras de mamãe. Elas me contam que sentem como se, através do livro, tivessem conhecido Kim McMillen. Eu concordo totalmente. Este livro é a minha mãe. Sua mensagem se refere ao que ela passou anos meditando, lendo ou escrevendo e vivenciar isso representa tudo em que acreditou e o que ela me levou a acreditar.

É a sua autobiografia, seu depoimento, sua alma. Ainda que ignorasse estar se aproximando do fim da vida, ela percebeu, de alguma maneira, que precisava dizer às coisas que tinha descoberto e que passaram a ser as suas verdades.

Depois de muitos anos cheia de dúvidas e críticas sobre si mesma, ela resolveu se dedicar a encontrar o amor e a compaixão por si mesma. Quando conseguiu e foi capaz de escrever suas descobertas para que outros as lessem, sua vida se completou e lamentavelmente chegou ao fim.

Carrego uma dor permanente no coração, um desejo de vê-la outra vez neste mundo. Foi uma mãe maravilhosa, amiga, escritora, consultora nos negócios, religiosa, esportista, amiga de cachorros, vizinha solidária, uma mulher e tanto.

Embora eu sinta muito a sua falta, me conforta saber que, sendo este livro a expressão mais verdadeira de quem era minha mãe, o que ela tinha a oferecer ao mundo vai permanecer.

Alison McMillen

Na vida não existe favoritos

"Na vida não existe favoritos, apenas pessoas que lutam para se tornarem Vencedores!
Ser feliz não é ter uma vida perfeita... 
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver... apesar de todos os desafios e perdas... 
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas... e se tornar autor da própria história... 
Ser feliz é uma conquista e não obra do acaso."

Autor Desconhecido

Lá está o futuro

"Lá está o futuro, não sabemos o que nos espera, que surpresas estão por vir. Não adianta pensar nem se preocupar...
Você não pode resolver o que não aconteceu. Por isso viva o aqui  e o agora, faça as coisas acontecerem já. O futuro se faz hoje... 
O passado já foi! Não se prenda a coisas que já não existem e que não mais voltarão. O passado é bom como referência. Assim, cada dia será uma aventura, um desafio, uma experiência que sempre valerá a pena viver."

Autor Desconhecido

TENHA O SUFICIENTE!

APAIXONE-SE suficientemente por você, pelas pessoas, pelo o que você faz... apaixone-se pela vida!

TENHA CURIOSIDADE suficiente para aprender mais sobre as coisas que poderão fazer você usar e ampliar suas habilidades...

CONTRIBUA suficientemente com o mundo, através de quem você é e do que você faz...

DETERMINE-SE suficientemente a AGIR e a buscar resultados...

... SUFICIENTEMENTE EXCELENTES!

ACEITAR AS MUDANÇAS?

Repare e compare. Há um ano muita coisa era diferente. Seus colegas de área eram outros, seus fornecedores foram trocados, abriu um novo restaurante servindo no almoço, a marca do café é diferente, você concluiu um curso ou começou outro, o mercado está aquecido, a equipe aumentou. Veja... As coisas mudaram!

Sem que percebamos tudo ao nosso redor muda diariamente de maneira natural e isso não faz com que nos sintamos desafiados a todo o momento. São apenas mudanças. Isso ocorre também no mundo do trabalho.
Porque sentimos medo ou resistimos às mudanças propostas? As mudanças causam medo por um simples motivo. Medo do desconhecido. É ancestral temer o que não conhecemos.

E se as lideranças envolvessem as equipes na hora das mudanças? O que aconteceria se todo o time participasse do desenho dos novos projetos?

Em tempos de extrema rapidez na troca de informação, a nova geração de profissionais está mais bem preparada para enfrentar mudanças e vive um contexto profissional muito diferente do vertical esquema da época da revolução industrial. 
Envolver os times e fazer com que toda a equipe esteja envolvida nas mudanças gera confiança e colaboração.

A primeira Aula Magna ministrada pela Dra. Claudia Riecken na Universidade Quantum, “O vôo da borboleta azul”, conta por meio da física quântica e do change management a importância das atitudes das lideranças como agentes de mudanças. Acesse a Videoteca do Grupo Quantum e confira!

Woody Allen faz a crônica da nova desordem amorosa

cena do filme

Os melhores filmes de Woody Allen não são necessariamente os mais engraçados, mas aqueles que conseguem conciliar humor e uma dose de amargura, como “Manhattan”, “Hannah e suas irmãs” ou “Crimes e contravenções”. “Você vai conhecer o homem dos seus sonhos” é mais um exemplo perfeito desse delicado equilíbrio: embora faça rir, e bastante, é um filme feito para adultos, um retrato bastante cético das relações afetivas no mundo em que vivemos hoje. Um retrato tão verdadeiro dessa nova ordem (ou desordem) amorosa que é difícil sair do cinema sem aquele tipo de desconforto provocado por situações assustadoramente familiares.

Basicamente a mensagem do filme é que, no terreno dos afetos, só existem duas alternativas: a ilusão e a frustração. Os personagens transitam entre esses dois pólos, em graus variados, às vezes de forma deliberada: um escritor mal-sucedido, sua esposa insatisfeita, a mãe dela, abandonada pelo marido, o pai, que se recusa a aceitar a velhice. Com algo de melancólico, a nublada Londres – onde o diretor também filmou o excelente “Match point” – é um cenário adequado para o sombrio jogo de interesses e a sucessão de discretos mal-entendidos que compõem a trama.

Helena (a ótima Gemma Jones) está desorientada após o divórcio inesperado na terceira idade. Ela procura consolo em uma vidente – na qual todos enxergam uma picareta, mas que acaba acertando em quase tudo que diz. Alfie (Anthony Hopkins) tenta enganar o tempo se matriculando numa academia, fazendo bronzeamento artificial e… se casando com uma garota de programa (Lucy Punch). Infeliz no casamento com Roy (Josh Brolin), o escritor fracassado e desempregado, Sally (Naomi Watts, numa interpretação cheia de nuances), se apaixona pelo chefe, o charmoso galerista Greg (Antonio Banderas), mas não é correspondida. Roy, por sua vez, se envolve com uma jovem vizinha, Dia (Freida Pinto), que está noiva, mas não tem certeza se quer mesmo se casar.

Nessa quadrilha, a narrativa de “Você vai conhecer o homem dos seus sonhos” tem algo de teatral, não somente pela concisão dos diálogos, pela forma de apresentação dos personagens e pelo encadeamento das cenas, mas também por lembrar os enredos daquelas peças de Tennessee Williams ou Arthur Miller em que a verdadeira ação acontece de maneira subliminar, sob o véu das aparências e normalidade que os protagonistas se esforçam em preservar. Evoca, ainda, um filme da fase bergmaniana de Woody Allen, “Interiores”, também sobre centrado em desencontros amorosos e nas falsas expectativas que criamos – e nas mentiras que abraçamos – para enfrentar a realidade.

Roy passa a tarde inteira olhando pela janela para Dia, e quando, por fim, está no apartamento dela, seu olhar muda de mão: é sua ex Sally quem volta a atraí-lo. O objeto do desejo está sempre do outro lado do vidro. Ninguém está satisfeito com o que tem, e cada conquista traz inevitavelmente uma perda. Como escreveu Cesar Vallejo, há sempre algo que nos liga a quem nos abandona, e sempre algo que nos separa de quem fica conosco.Os melhores filmes de Woody Allen não são necessariamente os mais engraçados, mas aqueles que conseguem conciliar humor e uma dose de amargura, como “Manhattan”, “Hannah e suas irmãs” ou “Crimes e contravenções”. “Você vai conhecer o homem dos seus sonhos” é mais um exemplo perfeito desse delicado equilíbrio: embora faça rir, e bastante, é um filme feito para adultos, um retrato bastante cético das relações afetivas no mundo em que vivemos hoje. Um retrato tão verdadeiro dessa nova ordem (ou desordem) amorosa que é difícil sair do cinema sem aquele tipo de desconforto provocado por situações assustadoramente familiares.

Basicamente a mensagem do filme é que, no terreno dos afetos, só existem duas alternativas: a ilusão e a frustração. Os personagens transitam entre esses dois pólos, em graus variados, às vezes de forma deliberada: um escritor mal-sucedido, sua esposa insatisfeita, a mãe dela, abandonada pelo marido, o pai, que se recusa a aceitar a velhice. Com algo de melancólico, a nublada Londres – onde o diretor também filmou o excelente “Match point” – é um cenário adequado para o sombrio jogo de interesses e a sucessão de discretos mal-entendidos que compõem a trama.

Helena (a ótima Gemma Jones) está desorientada após o divórcio inesperado na terceira idade. Ela procura consolo em uma vidente – na qual todos enxergam uma picareta, mas que acaba acertando em quase tudo que diz. Alfie (Anthony Hopkins) tenta enganar o tempo se matriculando numa academia, fazendo bronzeamento artificial e… se casando com uma garota de programa (Lucy Punch). Infeliz no casamento com Roy (Josh Brolin), o escritor fracassado e desempregado, Sally (Naomi Watts, numa interpretação cheia de nuances), se apaixona pelo chefe, o charmoso galerista Greg (Antonio Banderas), mas não é correspondida. Roy, por sua vez, se envolve com uma jovem vizinha, Dia (Freida Pinto), que está noiva, mas não tem certeza se quer mesmo se casar.

Nessa quadrilha, a narrativa de “Você vai conhecer o homem dos seus sonhos” tem algo de teatral, não somente pela concisão dos diálogos, pela forma de apresentação dos personagens e pelo encadeamento das cenas, mas também por lembrar os enredos daquelas peças de Tennessee Williams ou Arthur Miller em que a verdadeira ação acontece de maneira subliminar, sob o véu das aparências e normalidade que os protagonistas se esforçam em preservar. Evoca, ainda, um filme da fase bergmaniana de Woody Allen, “Interiores”, também sobre centrado em desencontros amorosos e nas falsas expectativas que criamos – e nas mentiras que abraçamos – para enfrentar a realidade.

Roy passa a tarde inteira olhando pela janela para Dia, e quando, por fim, está no apartamento dela, seu olhar muda de mão: é sua ex Sally quem volta a atraí-lo. O objeto do desejo está sempre do outro lado do vidro. Ninguém está satisfeito com o que tem, e cada conquista traz inevitavelmente uma perda. Como escreveu Cesar Vallejo, há sempre algo que nos liga a quem nos abandona, e sempre algo que nos separa de quem fica conosco.

Luciano Trigo

sexta-feira, 2 de novembro de 2012



“A bondade humana é uma chama que pode ser abafada, mas jamais extinta.”

Nelson Mandela


“Quem não ama o outro suficientemente, não tem capacidade para aceitar suas falhas.”

M. J. Ryan

“A paciência impulsiona.”

Lama Surya Day


“O mundo não é um playground, ele é uma sala de aula. A vida não é um feriado, ela é um aprendizado. E a pergunta que sempre devemos nos fazer é: ‘como podemos amar melhor? ‘ ”

Henry Drummond


“Esforce-se para ser paciente ao suportar os defeitos dos que o cercam. Porque você também tem muitos, e eles precisam ser suportados pelos outros. Se você não é como gostaria de ser, como pode pretender encontrar alguém que seja totalmente do seu agrado?”

Thomas Kempis


“A coragem é primeira entre as qualidades humanas, porque é a qualidade que garante todas as outras.”

Winston Churchill


“Uma vida com amor é talvez a mais elevada forma de coragem que existe.”

Paul Tillich


“Senhor dê-me serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar, coragem para mudar as coisas que posso e sabedoria para distinguir umas das outras.”

Reinhold Niebuhr


“Ser o que nos somos e nos tornarmos aquilo que temos capacidade para vir a ser, este é o único objetivo da vida. “

Robert Louis Stevenson


“A vida é uma série de problemas. Queremos ficar resmungando sobre eles ou resolvê-los?”

M. Scott Peck
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