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domingo, 29 de abril de 2012

Especialistas derrubam as 14 maiores mentiras sobre saúde e alimentação

Conheça os mitos que impedem uma vida mais saudável

Comer muito doce causa diabetes? Ingerir carboidratos à noite engorda? A osteoporose só atinge mulheres? São muitas as dúvidas que envolvem saúde e alimentação e diversas também as respostas para essas questões. O Minha Vida conversou com um time de especialistas e enumerou as 14 maiores falácias que chegam aos consultórios e esclarece todos eles para ajudar você a levar uma vida saudável.

Mulher bebendo água - Foto Getty Images

1. Tomar água em jejum emagrece

Mentira. Beber água em jejum é um hábito saudável que deveria ser adotado por todas as pessoas, mas não ajuda a emagrecer. "Ela apenas hidrata e limpa todas as mucosas do aparelho digestivo para poder iniciar a primeira refeição do dia", aponta a nutricionista Roseli Rossi, da clínica Equilíbrio Nutricional, em São Paulo.

Criança vendo televisão - Foto Getty Images

2. Assistir televisão de perto prejudica a visão

Mentira. Segundo o oftalmologista Rubens Belfort Neto, membro da Sociedade Brasileira de Oncologia em Oftalmologia, ficar próximo à televisão não prejudica a saúde ocular. "Isso provavelmente surgiu porque a maior parte dos adultos teve perda da visão ao longo da vida, mas isso é um processo natural de envelhecimento", explica. O hábito é comum entre crianças principalmente porque assim elas veem as imagens ampliadas.

Mulher recusando pedaços de bolo - Foto Getty Images

3. O estômago encolhe quando comemos menos

Mentira. "Por se tratar de um órgão muscular, não há como o estômago reduzir seu tamanho apenas porque estamos ingerindo uma quantidade menor de alimentos", explica a nutricionista Maria Fernanda Cortez, da clínica Nutri & Consult, em São Paulo. O contrário, entretanto, pode ocorrer. Quando exageramos na dose, nosso estômago consegue se distender para poder armazenar toda a comida.

Homem comendo chocolate - Foto Getty Images

4. Comer muito doce causa diabetes

Mentira. A ingestão de doces não causa diabetes. A doença tem como principais fatores de risco histórico familiar, obesidade e sedentarismo. "Assim, quem tem uma capacidade normal de processar carboidratos no organismo não corre o risco de desenvolver o problema", explica a clínica geral Andrea Sette, do Hospital e Maternidade São Luiz. Entretanto, se a ingestão de doces levar à obesidade, então você aumenta a probabilidade de ter a doença.

Mulher cortando fatias de pão - Foto Getty Images

5. Comer carboidratos após às 18 horas engorda

Mentira. O que engorda não é o carboidrato e nem o horário em que é o consumido. O problema está no consumo em excesso e na alimentação desiquilibrada, portanto o segredo é a moderação. "O único cuidado que deve ser tomado por quem consome carboidratos à noite é evitar comer o tipo refinado, que promove picos de índice glicêmico e oferecem um risco maior de serem armazenados na forma de gordura", afirma Roseli Rossi. Prefira as versões de carboidratos (pães, massas, arroz) integrais.

Homem de boné - Foto Getty Images

6. Usar boné faz o cabelo cair

Mentira. De acordo com o dermatologista Adriano Almeida, diretor da Sociedade Brasileira do Cabelo, as pessoas confundem quebra do fio com queda do cabelo. "O uso do boné diariamente favorece a quebra dos fios justamente na região que costuma ficar marcada pela borda do acessório", explica. Assim, quem tem o cabelo mais comprido pode apresentar diminuição do volume, mas isso não significa que os fios estejam rareando em função da calvície, que é quando os fios deixam de nascer naquela região.

Fatias de pão integral - Foto Getty Images

7. Alimentos integrais não engordam

Mentira. Todos os alimentos, inclusive os integrais, possuem calorias e, portanto, podem levar ao ganho de peso. Segundo a nutricionista Roseli, o fato de um alimento ser mais saudável não quer dizer que ele pode ser consumido sem moderação. "Exagerar na ingestão de alimentos integrais também pode aumentar a gordura corporal", complementa.

Cerveja preta - Foto Getty Images

8. Cerveja preta aumenta a produção de leite materno

Mentira. A cerveja preta não estimula a produção de leite materno e ainda pode ser prejudicial para o bebê, alerta a ginecologista obstetra Bárbara Murayama, membro da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). "O álcool passa para a criança através do leite e nenhum estudo ainda conseguiu estipular uma dose segura de ingestão da bebida para gestantes", aponta.

Criança bebendo leite - Foto Getty Images

9. Tomar leite e comer manga faz mal

Mentira. O mito de que consumir leite e manga faz mal provavelmente surgiu para impedir a ingestão desses alimentos pelos escravos na época do Brasil Império. Mas a nutricionista Maria Fernanda garante que não há qualquer relação de dano para o organismo em misturar a fruta com o laticínio.

Criança lendo debaixo das cobertas com uma lanterna - Foto Getty Images

10. Ler à noite ou com pouca luz piora a visão

Mentira. Ler em um ambiente com pouca luz não faz mal para os olhos. "Você pode ter dificuldade de enxergar, mas isso não quer dizer que está prejudicando a visão - mesmo que você aperte os olhos para enxergar melhor", explica o oftalmologista Rubens. Segundo o especialista, a tarefa pode ficar mais difícil com a idade, mas isso está relacionado ao envelhecimento natural do ser humano e não ao hábito de ler de noite ou com pouca luminosidade.

Ovo cozido - Foto Getty Images

11. Quem tem colesterol alto não pode consumir ovo

Mentira. É fato que o ovo apresenta grande quantidade de colesterol em sua gema. "O que as pessoas não sabem é que apesar de aumentar o colesterol LDL (ruim), ele também aumenta os níveis de colesterol HDL (bom)", esclarece Maria Fernanda. Segundo ela, pessoas com colesterol alto podem consumir até quatro ovos por semana e, de preferência, cozidos. O ideal é evitar a versão frita, pois carrega uma gordura nociva ao organismo e que ajuda a elevar as taxas de colesterol.

Idosas - Foto Getty Images

12. Osteoporose só atinge mulheres

Mentira. "A osteoporose é quatro vezes mais comum em mulheres do que em homens, mas isso não significa que ela seja uma doença exclusivamente feminina", alerta Andrea Sette. Segundo a especialista, isso acontece devido à diminuição do hormônio estrogênio no corpo da mulher após a menopausa, que influencia diversos processos do organismo, inclusive a absorção de cálcio. No entanto, a doença também afeta a ala masculina.

Mulher comendo fatia de abacaxi - Foto Getty Images

13. Abacaxi queima gordura

Mentira. Por ajudar no processo de digestão, muita gente associou o abacaxi à queima de gordura, mas isso não passa de mito, de acordo com a nutricionista Roseli. "Ele é fonte de vitaminas e, por isso, é muito bem-vindo na dieta, mas não tem qualquer relação com a queima de gordura corporal", explica.

Pés descalços - Foto Getty Images

14. Andar descalço causa dor de garganta

Mentira. O contato dos pés com o chão, mesmo gelado, não afeta em nada as vias aéreas superiores, afirma a clínica geral Andrea. Os únicos perigos são ferimentos ou contato com alguma sujeira, o que pode favorecer um processo inflamatório.


sábado, 21 de abril de 2012

1984, de George Orwell, em nova versão para as telonas


Por iniciativa do artista Shepard Fairey, o clássico 1984 do escritor George Orwell, que deu origem ao termo “Big Brother” (por descrição do livro, a entidade sempre te observa, tem vigilância e controle dos indivíduos), terá nova adaptação em longa metragem.

Fairey, que ficou conhecido por suas campanhas urbanas – em especial a de Barack Obama, intitulada Hope – levou a ideia do projeto a Imagine Entertaiment que, em parceria com a LBI Entertaiment, irá filmar uma nova adaptação para o romance, tendo Fairey como produtor-executivo.

Pôster criado por Shepard Fairey em homenagem ao livroA ficção, que teve sua primeira edição publicada em 1948, baseia-se num mundo futurista, onde os cidadãos não têm direito a individualidade, privacidade e a liberdade de sentir emoções, sendo supervisionados pela entidade chamada de Big Brother. Winston Smith é membro do partido externo e funcionário do Ministério da Verdade; sua função é reescrever textos segundo os ideais do partido, porém ele nutre o desejo secreto de desbancá-lo. Smith apaixona-se por Julia, uma colega de trabalho com quem começa a dividir seus pensamentos. A história se desenrola em volta de seus encontros às escondidas e das ideias de Smith.

A Imagine Entertaiment anuncia que o projeto ainda está em processo de análise, e que estão em busca de um roteirista que aceite o desafio; nos resta aguardar.

Eduardo Galeano critica igreja e FMI em seu novo livro


O uruguaio Eduardo Galeano apresentou em Montevidéu seu novo livro, ‘Los Hijos de los Días’ (‘Os Filhos dos Dias’, em tradução) com uma leitura de trechos da obra com referências a vários países da América Latina e aos desaparecidos políticos, além de críticas à igreja e ao FMI.

O 16° livro do autor de ‘As Veias Abertas da América Latina’ é um compêndio de 365 contos curtos, alguns de apenas cinco linhas, um por cada dia do ano, com referências a fatos relevantes, ou nem tanto, da história.

“De cada dia nasce uma história porque somos feitos de átomos, somos feitos de histórias”, disse Galeano.

A nova Constituição da Bolívia, que “mudou a condição dos índios de mão de obra a filhos da pátria”, ou a do Equador, “que reconhece a natureza como sujeito de direito”, foram reconhecidas na obra e na leitura que Galeano realizou no Teatro Solís, o mais importante do Uruguai.

O cantor argentino Juan Carlos Dávalos, o chefe inca Atahualpa, a história dos Maias, o descobrimento da América, Che Guevara, Emiliano Zapata e Augusto Sandino são outros dos presentes no novo livro e que foram lembrados na apresentação de Galeano.

Também não faltaram críticas à Igreja e ao papa Bento 16, ao general Francisco Franco, ao Fundo Monetário Internacional, às companhias petrolíferas e aos bancos internacionais.

“Ninguém escreveu tanto sobre o dinheiro, tendo tão pouco dinheiro”, escreveu Galeano em referência a Karl Marx. Sobre John D. Rockefeller, “rei do petróleo”, escreveu que ele “viveu quase um século mas em sua autópsia não foi encontrado nenhum escrúpulo”.

Outros temas como meio ambiente, crise econômica internacional, banqueiros, pobreza e os desaparecidos na América Latina foram outras das inspirações para os 365 contos do livro.

Com informações da Folha de S. Paulo

Biblioteca Nacional inicia projeto que promove a literatura brasileira no exterior


Como plano de incentivo à leitura e disseminação da cultura brasileira, o presidente da Fundação Biblioteca NacionalGaleno Amorim, anunciou a abertura de um programa de bolsas que apoia a tradução e publicação de obras de autores brasileiros no exterior.

A intenção quanto à criação deste novo setor, conhecido por Centro Internacional do Livro, é expandir a cultura nacional pelo exterior e atrair investidores para o mercado literário brasileiro. Houve um investimento de R$ 7,8 milhões no projeto, que obteve uma reação positiva do governo; porta-vozes anunciaram que esperam uma boa troca acadêmica e a abertura para novas parcerias culturais vindas de fora.

A FBN está em 8º lugar entre as bibliotecas de maior acervo do mundo, e o país está em 11º lugar dentro do mercado mundial de livros, segundo Amorim. Seu desejo é aumentar o interesse internacional e tornar, também para o brasileiro, a literatura nacional mais atrativa, sem que as editoras nacionais fiquem para trás perante o mercado.

Dentro das estratégias de divulgação, Amorim pretende atrair a atenção de editores dos países desenvolvidos por meio da participação da FBN em feiras internacionais para gerar maior visibilidade de nossos títulos; em abril, o Brasil será homenageado em Bogotá na 25º Feira Internacional do Livro, em 2013 a homenagem ocorre na Feira do Livro de Frankfurt – uma das mais importantes do mundo, e para 2014 a homenagem será oferecida pelos italianos na Feira do Livro Infantil de Bolonha, fora as negociações em aberto com outros países, como a França.

Nobel nigeriano tem sua 1ª edição no Brasil


O primeiro negro africano a vencer o prêmio Nobel de Literatura, o nigeriano Wole Soyinka, tem seu primeiro livro editado no Brasil, ao mesmo tempo que participa da 1ª Bienal Brasil do Livro e da Leitura, em Brasília. Trata-se de ‘O leão e a joia’, uma peça escrita nos anos 50, inédita por aqui.

Soyinka, reconhecido como o mais notável dos dramaturgos da África, participou ativamente da história política nigeriana, tendo sido preso em 1967. Aos 77 anos, Soyinka recebeu em 1977 o Prêmio Nobel de Literautra por “sua obra que assume uma perspectiva cultural muito ampla e o drama da existência humana”. ‘O leão e a joia’ sai pela Geração Editorial, com tradução de William Lagos, formato 15,3 x 23 e 152 páginas.


TRIÂNGULO AMOROSO À AFRICANA

No pequeno povoado de Ilujinle, Baroka, o sexagenário chefe da aldeia, conhecido como “o Leão”, e Lakunle, o jovem professor de ideias avançadas e ocidentais, disputam o amor de Sidi, a Joia do vilarejo. Pequena obra-prima do Prêmio Nobel de Literatura de 1986, O Leão e a Joia é uma fábula divertida e irreverente sobre os confl itos entre valores africanos e costumes europeus, entre o desejo das mulheres de serem livres e o seu apego a tradições que as desvalorizam, entre o progresso e o conservadorismo.

Os abacaxis da publicação independente


Quem leu, nestes últimos anos, meus artigos sobre publicação independente, deve pensar que encarar a missão de escrever, editar, publicar, distribuir e vender seus próprios livros é a oitava maravilha do mundo.

Enfim, livres da exploração capitalista dos megaconglomeradores editorais, os autores poderão prosperar e enriquecer! Não é isto que você pensou?

Não que eu queira jogar um balde de água fria em seus planos de autopublicação, mas é importante saber onde se está enfiando o pé antes de enfrentar esta empreitada.

Geralmente, publicação independente não é uma escolha

Excetuando raríssimos casos, ninguém escolhe ser um autor autopublicado.

Antes de tudo, o autor independente é um excluído. Ele provavelmente já deve ter tentado publicar por uma editora comercial, enviando ingenuamente seus manuscritos a uma meia dúzia de editores, certo que seria descoberto naquelas pilhas de lixo literário.
A certeza que motiva qualquer escritor é a seguinte: "sempre haverá alguém que escreve pior do que eu...", e ele acredita que um bom editor saberá separar o joio do trigo, quer dizer, o trigo é ele, o joio são os outros.
Mas depois de receber algumas recusas, ou nenhuma resposta, o que resta para o nosso desiludido escritor?

1 - desistir da carreira literária;

2 - tentar novamente as editoras comerciais para fatalmente ser recusado uma vez mais;

3 - guardar na gaveta seus livros, contos e tudo o mais, para quem sabe ser um dia descoberto pela posteridade;

ou

4 - tentar a publicação independente.

Na maioria das situações, a publicação independente é um ato de desespero, quando o escritor já constatou que ninguém o descobrirá, e quando tudo que ele deseja, ansia, necessita, é que alguém leia seus livros.

É aí que começam a surgir as primeiras dificuldades.

Qualidade é o segredo

A competência do escritor é saber escrever. O escritor não é um diagramador nem um marqueteiro. Não é um contador nem um jurista. Não é um capista nem um ilustrador. Alguns escritores mal sabem utilizar a internet.

Todas estas atribuições estão dispersas no quadro de pessoal de uma editora, cada um cumprindo sua função. Isto é algo que o autor independente deve ter sempre em mente: ele será pau para toda obra, ele terá de fazer tudo por conta própria.

Qualidade é o segredo, jamais menospreze isto.
A escrita tem de ser irretocável, com o mínimo de erros ortográficos ou gramaticais possíveis, a qualidade gráfica do livro também tem de ser invejável, com uma capa atraente e deve existir um plano de vendas.
Se você não se sente apto para enfeixar todas estas funções, contrate alguém e negocie preços melhores. Frequentemente, você terá de desembolsar um extra para atingir certo patamar de qualidade, senão você sempre estará no nível dos amadores, daqueles que não são levados muito a sério.

No entanto, se você acreditar ser competente o bastante para cumprir todas as tarefas, arregace as mangas e faça o melhor que puder.

Solucionando os problemas

Como autor independente, você eventualmente acabará sendo o próprio vendedor de seus livros, negociando diretamente com o leitor.
Esta proximidade pode confundir a cabeça do prezado leitor, lançando a culpa dos males do mundo sobre o escritor.
Como não existe SAC no universo dos autores autopublicados, você terá de ouvir as reclamações e solucioná-las, na medida do possível, para contentar o leitor.
O lema "o cliente sempre tem razão" é seguido com rigor pelos brasileiros, mesmo quando eles não tem razão. Então você terá duas alternativas: 1 - ceder e tentar bajular o leitor até a exaustão, ou 2 - bater o pé e defender os seus direitos como "comerciante".

Já lhe adianto de ater-se a seus princípios e optar pela segunda opção não é nada fácil.

Mesmo se você tercerizar a impressão de livros, através de uma editora sob demanda, os leitores ainda virão reclamar com você se ocorrer algum problema na entrega, ou defeito de manufatura. Nestes casos, tudo que você pode fazer é reencaminhar a reclamação para o responsável, ou avisar o comprador que não é você quem resolve estes problemas.

Arcando com os prejuízos

Considere a publicação independente com a mesma seriedade de abrir um negócio. Você estará investindo tempo e dinheiro nesta brincadeira, com a meta de ter lucro/adquirir visibilidade para seu trabalho.
Todavia, sempre tenha em vista, principalmente em se tratando do ramo de venda de livros, que você pode amargar um prejuízo feio, se não conseguir vender um número X de exemplares.

Para calcular quantos exemplares mínimos você precisar vender para recuperar o dinheiro investido, não precisa ser um gênio da Matemática.
Basta somar o custo de impressão dos livros (se houver. Se for livro digital, já é uma baita economia), os custos do designer, do capista, e do revisor.
Depois, estabeleça o preço de capa do livro para venda aos leitores, subtraia o percentual para a livraria, caso você deixe exemplares em consignação, e divida o valor total de custo pelo preço unitário do livro.
O resultado será o número de exemplares que você precisará vender para reaver o investimento feito.

Por exemplo:
- 4000 reais para impressão do livro, mil exemplares em preto e branco (valor hipotético);
- 300 reais para diagramação e capa, precinho camarada feito por seu amigo que acabou a faculdade de design gráfico e precisa dar um up no portifólio dele;
- revisão de graça, cortesia de sua tia professora de português;
- venda direta ao leitor, sem passar por livrarias, ou seja, sem percentual de consignação.

4000 + 300 = 4300 reais

Você resolve estabelecer o preço de capa a 32,90 reais, pois é um livro grande e interessante, em sua opinião.
4300 ÷ 32,90 = 130.6

Isto é, você precisa vender aproximadamente 131 exemplares para recuperar o investimento feito, sem lucro algum.

Eu lhe asseguro que vender 131 livros não é uma tarefa fácil, principalmente em se tratando de obras de ficção.
Se você conseguir vender todos estes exemplares num ano, e outros 100 exemplares no ano seguinte, você terá um lucro total de 3290 reais. Se dividirmos este valor por 24 meses (dois anos), a sua renda mensal com o livro será de 137 reais.
Você já deve ter concluído que ainda não é a hora de largar aquela sua vaga no funcionalismo público...

No entanto, se você for um fenômeno de vendas independente e conseguir vender todos os mil exemplares em um ano, o seu lucro será 28600 reais, o que não é nada mal.
Contudo, vender mil exemplares de um único título ao ano é uma façanha até para autores consagrados, muito mais para um autor independente. Pode acontecer, mas é raridade.

Engolindo a indiferença

Agora, se a sua meta com a publicação independente nunca foi a de ficar rico nem a de vender milhares de exemplares, mas simplesmente de ter suas obras lidas pelas pessoas, o que é conhecido nos EUA como vanity press (publicação por vaidade), pior do que o prejuízo material dos livros encalhados, é como lidar com a indiferença.

Literatura é artigo de luxo e que a cada dia que passa perde espaço para mídias mais dinâmicas, como a internet.
Mesmo grandes autores tem dificuldades para conquistar leitores, então o cenário é muito menos estimulante para um autor desconhecido.
Publicar um livro, e não importa se é apenas um livro digital para download gratuito, e não ter leitores é a maior frustração da vida de um escritor.

Se você passar por esta situação, então resta 4 opções: 1 - desistir; 2 - tentar novamente as editoras comerciais; 3 - guardar na gaveta seus livros; ou 4 - tentar uma vez mais a publicação independente.

E o que fazer com os livros encalhados?

Você mandou rodar uma tiragem com 1000 livros, e vendeu 200, 100, ou nenhum exemplar. O que fazer com a centena de exemplares restantes?

Se você for do tipo egoísta, pode destruir, tocar fogo nos livros.

Se for do tipo altruísta, doar para bibliotecas, amigos, vizinhos, mendigos, deixar em bancos do parque...

Se for do tipo otimista, pode guardar num quartinho de sua casa, para quem sabe um dia, se você se tornar famoso, vender aqueles exemplares por milhões de dólares em alguma casa de leilão.

Conclusão

Os escritores não escolhem a publicação independente. Eles são arrastados para este mundo.

Por um lado, proporciona uma liberdade criativa imensa, sem a pressão mercadológica de escrever para vender, mas, por outro, possui dificuldades imensas para quem não está preparado para o que virá.

Não é fácil se consolidar como autor independente, não é fácil vender livros em nossos dias (aliás, nunca foi), não é fácil encontrar leitores.

Se você ousou publicar independentemente seus livros, você já merece todos os louros pela coragem.

Se, por acaso, você for bem-sucedido, meus parabéns, pois passou pela prova de fogo. Porém, se fracassar, lembre-se que muitos grandes escritores também já estiveram em sua pele.

Ninguém disse que seria fácil a vida de escritor.

Da Qualidade da Leitura


No meu texto sobre Camelôs de Livros, comentei sobre o brasileiro estar lendo cada vez mais e, na ocasião, sugeri que nos valêssemos apenas da quantidade. Creio que agora possamos falar um pouco da qualidade.

Antes de tudo, qualidade é, via de regra, tratado como algo subjetivo e, por isso, aberto a discussões, principalmente por depender exclusivamente dos atributos que satisfaçam cada um de seus expectadores. Falando especificamente da qualidade de livros, podemos elencar uma grande quantidade de perspectivas e fatores que podem definir a qualidade de um livro: para uma editora, a qualidade pode estar relacionada ao potencial de vendas que o livro pode ter; para um literato, a qualidade pode estar relacionada à forma, à escrita, ao conteúdo em si; para o escritor, a qualidade pode estar relacionada à realização de um sonho; para o leitor, a qualidade pode estar relacionada ao seu prazer de leitura, à posição do livro no mercado e, até, à influência que o livro pode ter em conversas entre amigos.

Focando na nossa condição de leitor, sugiro que não consideremos a qualidade de um livro em âmbito comunitário; mas sim para cada um de nós. Consideremos a leitura em si e, aí sim, falemos da qualidade da leitura.

São muitos os leitores que saem aos ventos declarando a leitura deste ou daquele autor, deste ou daquele título, que têm grande relevância no meio, seja esta histórica ou por consideração de intelectuais. E estes muitos leitores que insistem nisso, na maioria das vezes tiveram uma péssima leitura, um leitura traduzida em uma penosa tarefa que tem como premiação o direito de declarar, com certa arrogância: “Eu já li…”.

Bobagem! O livro em si não vale nada sem o leitor e menos ainda sem o prazer que se estabelece entre os dois durante a leitura. Ler deve ser algo prazeroso, algo que permita o desprendimento do leitor do mundo em que vive, algo que permita a imaginação trabalhar liberta, algo que estabeleça um elo sentimental entre o livro e o leitor (mesmo que apenas durante o período da leitura), algo que faça com que o leitor tente se esquivar da última página para evitar o rompimento.

É esta ausência que faz com que algumas pessoas digam que não gostam de ler livros ou não servem para ler livros. Será que em algum momento, se leram, conseguiram ler algo que lhes desse prazer? Eu mesmo já me dediquei a leituras de autores de conteúdo pesado que me foram custosas e vazias, enquanto consegui ter mais prazer e ensinamentos do que autores populares tidos como “fáceis”. É neste caminho que definimos os autores e estilos de livros que nos agradam, é neste caminho que podemos definir os nossos gostos de literários e garantir mais leituras de qualidade. Hoje há autores que não me agradam, mas agradaram na minha adolescência. Ficaram piores? Provavelmente não, mas meu gosto mudou! Porque, antes de tudo, li e é necessário ler e encontrar nisso prazer.

Por isso que digo, definamos a qualidade da leitura. Encontremos na leitura o prazer e assim definamos os autores e livros que nos dão prazer. Orgulhemo-nos de ter tido uma leitura prazerosa e não do livro que foi lido. Não tenhamos medo de interromper o martírio de uma leitura travada e chata para nos lançarmos em busca de uma prazerosa e divertida. Busquemos! Que sejam livros técnicos, exotéricos, religiosos, de autoajuda, romances centenários, satíricos, eróticos, históricos, de poesias, premiados, qualquer um, não importa; mas importa é a qualidade da leitura!

Irmãos, leiamos!

Fonte: Livros e Afins

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Um contador de histórias


Carlos topou na hora: quer ir contar histórias na biblioteca que montamos e acompanhamos há um ano na Vila Zumbi? Nem pensou duas vezes. Munido de seu guarda-chuva, alguns livros para doar para nosso espaço, lá veio ele, cheio de histórias para encantar a criançada. Em uma comunidade em que a leitura se apresenta pouco valorizada, temos nos esforçado para mostrar aos meninos e meninas que ler pode ser, antes de tudo, divertido. E Carlos nos ajudou nessa empreitada.





Lembramos que a biblioteca formada na Sociedade Crescer, na Vila Zumbi, região metropolitana de Curitiba, constitui-se toda de livros doados. Livros como os que esperamos que você nos doe para que possamos criar mais espaços como esse.


Carlos Daitschman é um contador de histórias que vale a pena conhecer. Se quiser que ele venha contar  histórias adequadas a públicos de qualquer idade: ocontadorde@hotmail.com 


sexta-feira, 6 de abril de 2012

Infração Ética


Prática de trocar receita é considerada infração ética

Muitos pacientes chegam às Unidades Básicas de Saúde (UBS) apenas para trocar, renovar ou solicitar um nova receita. O objetivo é pegar gratuitamente remédio nas farmácias locais - como, aliás, é seu direito. Porém, tais situações deixam os médicos em situações complicadas, já que podem culminar nos chamados atendimentos "não presenciais", em princípio antiéticos.

Por que isso ocorre? Porque muitos pacientes, na maioria das vezes, não comparecem nas consultas marcadas, ou, por algum motivo estrutural, aquela UBS, não deu o devido atendimento ao paciente e o médico é solicitado a trocar receitas e pedidos de exames de pacientes que não atendeu - ou o que é ainda pior, que nem conhece.
Será que isso é justo com o médico? Será que o paciente está sendo ético ao obrigar o médico a trocar essas receitas ou exames vencidos? Muito se cobra dos médicos, mas e a ética dos pacientes? Caso para se pensar! 

"Em todos os casos de atendimento não presencial, o médico é responsabilizado pela prescrição do medicamento, exame ou procedimento".

Pense nisso!

Mononucleose. A doença do beijo!


Anda beijando muito por aí? Tome cuidado, pois a saliva é um dos veículos de eliminação do vírus da mononucleose, também conhecida como a doença do beijo.

A mononucleose costuma acometer os adolescentes, quando despertam para a vida sexual. Provoca febre, enfartamento dos gânglios do pescoço e das axilas, comprometimento do fígado e do baço, entre outros sintomas. É preciso tomar muito cuidado, pois o mesmo vírus que provoca a mononucleose, em algumas pessoas mais susceptíveis, pode provocar doenças malignas…

O vírus responsável pela doença é o Epstein-Barr, da famíliaHerpesviridae, transmitido pela saliva contaminada num contato íntimo entre as pessoas. Ele excepcionalmente pode ser transmitido por transfusão de sangue, e mais excepcionalmente ainda, por via transplacentária, se a gestante adquirir o vírus durante a gravidez.
O diagnóstico pode ser feito por um exame de sangue específico. O tratamento é fundamentalmente sintomático, visando ao alívio dos sintomas e a combater a febre e a dor de garganta. O repouso é fundamental, até que o exame clínico, deixe claro que o baço voltou à normalidade.

Alterações no calendário básico de vacinação da criança


A partir do segundo semestre de 2012, o Calendário Básico de Vacinação da Criança ganhará mais duas novas vacinas.

Com o intuito de manter a poliomielite erradicada no Brasil, o Ministério da Saúde incluiu uma vacina injetável contra a doença no calendário de rotina. A Vacina Inativada de Poliomielite (VIP) irá complementar a campanha nacional de imunização contra a doença, que é feita por via oral. A VIP será aplicada aos dois e aos quatro meses de idade e a oral será utilizada nos reforços, que serão feitos aos seis e aos 15 meses.

Obs: Apenas as crianças que estão iniciando o Calendário terão direito a esta nova imunização.

Além dessa novidade, a vacina pentavalente, que protege contra cinco doenças (difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenza tipo b e hepatite B), passa a fazer parte do Calendário. Essa nova imunização combina a atual vacina tetravalente com a da Hepatite B.

Cartilha sobre o crack


O Conselho Federal de Medicina (CFM) lançou no dia 10 de março, o protocolo de assistência a usuários e dependentes de crack. O documento, intitulado Diretrizes Gerais Médicas para Assistência Integral ao Usuário do Crack, foi formulado pela Comissão de Assuntos Sociais da entidade a partir de uma pauta de discussões realizadas em 2010 e 2011 em um fórum, um seminário e uma oficina – encontros dos quais participaram especialistas, pesquisadores e representantes de instituições interessadas no tema.
As Diretrizes definem conceitos relacionados à droga e a seu uso, assim como aspectos gerais e específicos do tratamento. A cerimônia de lançamento da publicação foi realizada na sede do CFM, em Brasília, e teve a presença de autoridades do governo, parlamentares, representantes de entidades médicas e de instituições de saúde.

Divulgação – “Em síntese, as Diretrizes servem de guia para capacitar médicos, especialmente do Sistema Único de Saúde, para o atendimento de usuários de crack. O lançamento da publicação marca o início de seu envio para instituições a que estão vinculados profissionais que planejam e executam ações em saúde, como o Ministério e as secretarias estaduais e municipais de saúde e os sindicatos e conselhos de médicos.

Tratamento – As Diretrizes indicam, por exemplo, o encaminhamento que deve ser dado aos usuários de crack no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), com referência, entre outros recursos, à estrutura de urgências e emergências, de consultórios de rua e de albergues terapêuticos.
Com o auxílio das diretrizes, os médicos poderão avaliar e manejar casos de urgência que envolvam intoxicação, abstinência aguda ou overdose. Os profissionais também passam a dispor de orientações sobre as etapas dos processos de atendimento e as abordagens mais indicadas aos usuários.
Além das diretrizes médicas, o Conselho também apresentou diretrizes para a assistência ao usuário do crack voltadas para a sociedade. Estruturadas sobre três eixos (policial, saúde e social), as recomendações indicam ações que podem auxiliar na redução do consumo dessa droga. A entidade também mantém o hotsite www.enfrenteocrack.org.br com informações de locais para internações, legislação e campanhas.

Números – Pesquisa do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), realizada em 2005, indica que 0,7% da população brasileira de 12 a 65 anos havia usado crack pelo menos uma vez na vida.
Entre os entrevistados na pesquisa, 0,1% disse ter usado crack no período de um ano anterior à entrevista e 0,1% afirmou ter consumido a droga no período de 30 dias anterior à entrevista. O maior percentual de pessoas que haviam consumido a droga pelo menos uma vez na vida encontrava-se no grupo de sexo masculino com idade entre 25 e 34 anos: 3,2%, o que à época correspondia a 193 mil pessoas.
A pesquisa revelou ainda que 44,9% da população consideravam “muito fácil” obter crack caso desejasse, o que equivalia a 22.305.000 pessoas. O Ministério da Saúde estima que atualmente existam 600 mil usuários de crack no país. No entanto, há divergências sobre este número. Alguns pesquisadores estimam essa população em torno de um milhão de pessoas.
Outra pesquisa do Cebrid, realizada em 2010 entre estudantes de escolas públicas e particulares das 26 capitais brasileiras e do Distrito Federal, indica que 0,4% dos estudantes haviam usado crack no período de um ano anterior às entrevistas.

Fonte: CFM

Meningites Virais


As Meningites Virais são também chamadas assépticas ou serosas. O sistema nervoso central pode ser infectado por um variado conjunto de vírus, mas, independente do agente viral, o quadro clínico caracteriza-se por aparição súbita de cefaleia, fotofobia, rigidez de nuca, náuseas, vômitos e febre. Ao exame físico, destaca-se o bom estado geral do paciente e a presença de sinais de irritação meníngea. Em geral, a evolução é rápida e benigna, sem complicações - exceto nos casos de indivíduos com imunodeficiências. Quando a etiologia refere-se enterovírus, o quadro pode ser acompanhado ou antecedido de manifestações gastrintestinais, respiratórias e, ainda, mialgia e erupção cutânea.

Os principais vírus que podem causar Meningite Viral são: enterovírus (Echovirus e Coxsackievirus), arbovírus (com destaque para o vírus da febre do Nilo Ocidental), vírus do Sarampo, vírus da Caxumba, vírus da Coriomeningite linfocítica, HIV-1, adenovírus e vírus do grupo herpes (Herpes Simples tipo 1 e tipo 2, Varicela zoster, Epstein-Barr, citomegalovírus).

O reservatório, o modo de transmissão, o período de incubação e de transmissibilidade, variam de acordo com o agente infeccioso.
O diagnóstico é clínico epidemiológico e laboratorial. A realização da punção para exame do líquor cefalorraquidiano é fundamental.
Tem distribuição universal. A frequência de casos se eleva no final do verão e começo do outono. Podem ocorrer casos associados as epidemias de varicela, sarampo, caxumba e ainda relacionados a eventos adversos pós-vacinais.

Escabiose


Parasitose da pele causada por um ácaro cuja penetração deixa lesões em forma de vesículas, pápulas ou pequenos sulcos, nos quais ele deposita seus ovos. As áreas preferenciais da pele para visualizar essas lesões são: regiões interdigitais, punhos (face anterior), axilas, região periumbilical, sulco interglúteo e órgãos genitais externos (nos homens). Em crianças e idosos, podem também ocorrer no couro cabeludo, nas palmas das mãos e plantas dos pés. O prurido intenso é causado por reação alérgica a produtos metabólicos do ácaro. Característicamente essa manifestação clínica se intensifica durante a noite, por ser o período de reprodução e deposição de ovos desse agente.

A Escabiose, que também é conhecida por Sarna, Pereba, Curuba, Pira e Quipá tem como o seu agente etiológico o Sarcoptes scabiei e o seu principal reservatório é o homem.
O modo de transmissão se dá por contato direto com doentes (compartilhamento de dormitórios, relações sexuais, etc) e por meio de fômites contaminados (roupas de cama, toalhas de banho, vestimentas, etc).
O período de incubação é de 1 dia a 6 semanas e o período de transmissibilidade é enquanto durar a doença.

A Escabiose ocorre em qualquer parte do mundo e está vinculada aos maus hábitos de higiene. A higiene pessoal e do ambiente onde se vive é fundamental para evitar surtos da doença.


Idade ideal para começar a medir o colesterol


Antigamente, os médicos recomendavam medir o colesterol a partir dos 40 anos, mas isso mudou porque hoje há os chamados grupos de risco. Por exemplo, um adolescente ou uma criança que pertença a um grupo de risco porque a mãe, o pai ou ambos apresentaram alguma doença cardíaca, precisa ser analisada muito mais cedo, aos 15 ou aos 20 anos.
Segundo especialistas, a dislipidemia (alterações dos níveis das gorduras no sangue) pode manifestar-se precocemente até em crianças com alterações genéticas específicas.

É muito importante medir o colesterol mesmo que a pessoa não apresente nenhum fator de risco, os níveis de colesterol devem ser avaliados a partir dos 30, 35 anos, porque o tratamento a longo prazo é importante e a prevenção pode ser feita por mudanças no estilo de vida, controle da dieta, exercícios físicos e uso de medicamentos.

Proteja-se do Botulismo


Pequenas ações, que fazem a diferença:

·         Toda atenção é pouca, quando se trata de alimentos enlatados, em vidros, ou embalados a vácuo, porque a bactéria tem predileção por ambientes sem oxigênio. Não os consuma, se notar qualquer irregularidade na embalagem, como lata enferrujada ou estufada ou água turva dentro dos vidros;

·         O preparo de conservas caseiras deve obedecer rigorosamente aos cuidados de higiene para evitar a contaminação pelo Clostridium;

·         Ferver os alimentos enlatados, especialmente palmito, ou as conservas antes de consumi-los, é uma boa dica para destruir toxinas liberadas pela bactéria;

·         O mel pode ser um reservatório da bactéria do botulismo. Só consuma os fabricados por companhias idôneas.

O Futuro


Eu estava fazendo uma pesquisa sobre o envelhecimento, a longevidade e as patologias associadas ao envelhecimento e caí no site do Dr. Drauzio Varella. Acabei encontrando esse artigo, que fala sobre o futuro da população mundial e fiquei espantada com as informações.

Confira:

População Mundial

A população mundial aumenta em velocidade vertiginosa. Haverá alimentos e espaço para tanta gente?
Desde que Thomas Malthus levantou essa questão em 1798, os acadêmicos se dividem: de um lado, os pessimistas que preveem um futuro de guerras, fome e devastação ambiental; do outro, os que consideram o crescimento populacional preocupante, porém capaz de acelerar o desenvolvimento econômico.
A revista Science dedicou um número à análise do aumento da população mundial. A série de artigos começa com a interrogação: 9 bilhões?

Vale a pena conhecer alguns dados:

1) Desde que descemos das árvores nas savanas da África, levamos 5 milhões de anos para chegarmos à marca de um bilhão de pessoas, no ano de 1800.

2) Cem anos mais tarde, já éramos 1,6 bilhão. Hoje somos 6,1 bilhões. Embora incertas, as previsões para 2050 são de 9 bilhões; e de 10 bilhões, para 2100.

3) Foram necessários 130 anos (1800 a 1930) para irmos de 1 para 2 bilhões. Em apenas 60 anos (1950 a 2010) juntaram-se a nós mais 4 bilhões. O próximo bilhão será acrescido em apenas 13 anos.

4) Entre 1950 e 2010, a expectativa de vida ao nascer na América Latina aumentou de 51 para 73 anos; de 38 para 55 na África; de 42 para 69 na Ásia; de 65 para 75 na Europa; e de 68 para 78 na América do Norte. O ganho médio foi de 20 anos.

5) O crescimento populacional mais rápido na história da humanidade aconteceu entre 1965 e 1970. Desde então esse aumento caiu pela metade: a taxa de fertilidade global diminuiu de 5 filhos por mulher, em 1950, para a média de 2,5 em 2010. Nos países em desenvolvimento, a queda foi de 6 para 3 (sem contar a China, por causa da política de filho único).

6) A queda esconde grandes diferenças regionais, no entanto. Enquanto a mulher europeia ou norte-americana tem menos de dois filhos, a africana que vive nos países situados abaixo do deserto do Saara ainda dá à luz a mais de cinco.

7) Parte expressiva do crescimento populacional dos últimos 50 anos ocorreu graças ao aumento da expectativa de vida nos países em desenvolvimento, resultado dos avanços em saúde pública e do acesso à alimentação.

8) Virtualmente, todo o crescimento que nos espera até 2050 será por conta dos países em desenvolvimento: quanto mais pobre, mais alta a natalidade. As taxas de crescimento serão mais altas na África, mas em números absolutos é na Ásia que o total de habitantes aumentará mais.

9) Até 2050, a população da América Latina deverá ir de 590 para 750 milhões. A da África, irá de 1 bilhão para 2,2 bilhões.

10) Nos países em desenvolvimento, o grande número de crianças e de jovens assegura aumento rápido da população. O envelhecimento dos que vivem nos países mais ricos aponta a direção oposta. Enquanto abaixo do Saara 43% dos habitantes têm menos de 15 anos e apenas 3% já completaram 65 anos, na Europa 16% estão na primeira condição e outros 16% na segunda.

11) Em 1950, de cada três habitantes do planeta, dois viviam nos países mais pobres. Em 2050, a proporção entre pobres e ricos será de 6 : 1

12) Em 2050, os países desenvolvidos não contarão com trabalhadores jovens em número suficiente para cobrir os gastos da previdência com seus conterrâneos mais idosos. Já naqueles em desenvolvimento faltarão empregos para os que chegarem à idade de trabalhar. O contingente de emigrantes internacionais crescerá.

13) Nos países mais ricos, há 4 trabalhadores para cada aposentado; em 2050, esse número cairá para 2. Nos mais pobres, há 17 jovens trabalhadores para cada aposentado; proporção que em 2050 diminuirá para 9 : 1

14) Os números revelam que nosso destino será viver nas cidades. Em 1950, cerca de 30% da população mundial morava em áreas urbanas. Hoje somos 50%. Seremos 70% em 2050. Nos países em desenvolvimento, a urbanização é bem mais rápida.

15) Em 1975, as cinco cidades mais populosas do mundo eram Tóquio (26,6 milhões), Nova York-Newark, Cidade do México, Osaka-Kobe e São Paulo (9,6 milhões). Em 2025, serão Tóquio (37,1 milhões), Nova Delhi, Mumbai, São Paulo e Dhaka (20,9 milhões).

Algo para se pensar!

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