Quem já não ouviu tal frase: “Nem se Jesus descer...”. Pois bem, certamente
esta expressão é tirada da passagem do evangelho do Rico e o Pobre (Lázaro).
Nesta passagem evangélica
Jesus deixa claro que não há interlocução entre os mortos e os vivos, ou
melhor, entre os que estão na eternidade com aqueles que ainda caminham nesta
terra. Jesus deixa claro que tudo o que se podia ter feito para que o homem
encontre a salvação já foi feito. Se na escritura Jesus ressalta que nós temos
a Bíblia e os profetas para nos conduzir a santidade, a partir dele temos o
mais importante que é o próprio Deus que se encarnou e morou entre nós,
fazendo-nos conhecer e entender as escrituras.
Ainda nos deixou seu corpo e
sangue para que sejamos alimentados do pão verdadeiro que santifica o corpo e
sustenta o Espírito. Enfim, temos uma condição privilegiada do que aqueles que
viveram antes de Jesus ter vindo morar conosco.
A salvação está ao nosso
alcance sem a necessidade de sermos socorridos por aqueles que já partiram,
afim de que venham nos revelar o que está além da vida terrena.
A salvação é uma conquista
que ocorre através de uma vida na busca da santidade, porém observando as
clausulas da aliança de Deus conosco.
Deus não é contra a
prosperidade do homem, em relação aos bens materiais. Afinal, ele ao criar o
mundo deu ao homem para que crescesse e multiplicasse, passagem esta que se
pode também ser interpretada como crescer nos bens materiais, no entanto, na
mesma proporção deve prosperar e crescer no Amor, ou seja, na medida que Deus
lhe concede riquezas estas que devem ser partilhadas com seus irmãos mais
pobres e também que a riqueza não leve o homem ao egoísmo, a ganância e a
segregação por meio do preconceito que a riqueza promove como, por exemplo, a
distancia social, cultural entre irmãos.
O evangelho não deixa
duvidas de que o rico não se importava com o Lázaro, haja vista que se ele
importasse Lázaro não estava na condição a qual se encontrava.
Esta mensagem evangélica é
um dialogo de três pessoas e dirigida de maneira particular a cada um, no
entanto, também precisa ser entendida num sentido coletivo, isto é, nós
enquanto sociedade, enquanto cristãos e cidadãos não podemos permitir, segundo
a Palavra, que nossos dirigentes agem como o rico, a partir do momento que
temos em nossas mãos os destinos de nosso País, pois ao agirmos assim,
transferimos para nós o comportamento do rico quando através do voto elegemos
pessoas que explorem a sociedade por meio de corrupção, pois ela tira a comida,
a saúde, a dignidade do pobre promovendo as mazelas que tende a pender sobre os
mais fracos.
Em suma, a Palavra de Deus
não é para ser vivida de maneira individual ou dentro dos templos e no âmbito
familiar ou ainda de forma comunitária tão somente, mas deve ser vivida em
nossas atitudes como cidadãos, pois nossos atos de cidadania refletem em
todos.
Portanto, a única ideologia
que deve suprir todas é a cristã e de filhos de Deus.
Ela sim deve guiar nossa
vida para que realmente não agíssemos como o rico e vamos pedir clemência e
misericórdia após nossa partida aos que ficarão. Pois a Palavra de Deus é
Revelação e quanto à comunicação entre os que se foram e os que permanecem aqui
está clara na parábola entre o rico e o pobre.
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