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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) nasceu em Minas Gerais, na cidade de Itabira. Fez lá seus primeiros estudos e em 1918 se mudou para Friburgo e passou a estudar no internato do Colégio Anchieta. Um ano depois é expulso após um incidente com o professor de português.

Drummond de Andrade se forma em Farmácia a família exigia um diploma; ele nunca exerceu a profissão) e passa a lecionar História e Geografia e sua cidade natal, mas em 1934 assume um cargo público no governo Vargas.

Burocrata toda a vida (se aposentou em 1962, mas sempre foi organizado), quando da morte do poeta toda sua obra que seria publicada postumamente estava bem organizada. Em 1945 tornou-se co-diretor do jornal do comunista Luís Carlos Prestes e depois passou a trabalhar no então Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

Drummond foi cronista depois de aposentado (antes também, mas principalmente depois) e era preocupado com a profissionalização do escritor, tendo ajudado diversas fundações para a classe. Além de cronista, o autor também fez contos e escreveu um livro infantil ilustrado por Ziraldo. 

Mas é como poeta que ele se destaca. Sua obra Alguma Poesia, de 1930, inaugura a segunda fase do Modernismo. Nela aparecem muitas características da primeira fase, como o poema-piada, mas começam a aparecer preocupações sociais e políticas, como a crítica aos regimes de exclusão então em pleno vapor e crescendo.

A partir de 1962 surgem poesias com tendências concretistas até, mas o melhor seria exemplificar como o próprio autor divide e classifica suas poesias e as temáticas destas: o indivíduo, a terra natal, a família, os amigos, o choque social, o conhecimento amoroso, a poesia em si, exercícios lúdicos e uma visão (ou tentativa de) existência. Outras características de sua obra incluem um fino humor, uma angústia diante da morte, a capacidade de surpreender o leitor e a monotonia da vida. 


Carlos Drummond de Andrade é a comprovação de que a palavra escrita é a elevação de uma língua enquanto arte, expressão, comunicação, identidade pessoal e coletiva, enfim é a confirmação de que o lapidar da palavra é a mais justa expressão de um povo.


Frases de Drummond

O amor é grande e cabe nesta janela sobre o mar. O mar é grande e cabe na cama e no colchão de amar. O amor é grande e cabe no breve espaço de beijar.

Os homens distinguem-se pelo que fazem, as mulheres pelo que levam os homens a fazer.

Escritor: não somente uma certa maneira especial de ver as coisas, senão também uma impossibilidade de as ver de qualquer outra maneira.

Perder tempo em aprender coisas que não interessam, priva-nos de descobrir coisas interessantes.

Os homens são como as moedas; devemos tomá-los pelo seu valor, seja qual for o seu cunho.

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