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domingo, 10 de fevereiro de 2013

LEI ÁUREA E SEU CENTENÁRIO

Dona Isabel, Princesa imperial do Brasil e regente do Império quando da assinatura da Lei Áurea, pela qual ficou conhecida como A Redentora.


Cem anos de liberdade e libertação.
Cem anos sem limitação, sem escravos, sem escravidão.
Onde seres humanos...
Independentes de classes, cor ou distinção,
São tratados e reconhecidos como gente,
Sendo realmente irmãos. Será?
O negro por ser de cor,
Já se sente entre os brancos sem sabor, sem nenhum valor.
Pois, continua rejeitado:
No trabalho, com o menor salário.
No reinado, como capacho da nobreza.
No forte, responsável pela fraqueza.
Nos bens, dependente da riqueza.
O negro continua rejeitado por um monte de besteiras,
Por um monte de fraquezas.
Já o pobre, por não ter melhores condições
E andar mal vestido é submisso.
Torna-se ainda mais desprotegido.
E como nós vemos, como encaramos tudo isso?
Os negros, os antigos escravos...
Passaram da escravidão declarada,
Para o abandono e para a marginalização observada;
Para uma escravidão mais refinada.
Os estatutos e as leis da escravatura
Foram realmente abolidos?
Se foram, por que os negros continuam nas favelas
E cortiços das grandes cidades?
Por que só a maioria dos negros é que fazem maldades,
Que cometem atrocidades?
Se a escravidão foi realmente abolida,
Por que os negros não têm quase nenhuma participação
Na vida política, econômica e social, na vida nacional?
Por que só a maioria dos negros é que causam tanto mal?
Sem escolas, sem condições de saúde e higiene,
Não há quem agüente.
Sem a mínima condição de sobrevivência,
Não tem quem não cometa sentenças.
Sem terra, sem condições de trabalho,
Sem nenhum preparo...
Quem não se torna refém, escravo, capacho?
Os negros continuam a lutar e a querer sua liberdade.
Mas quanta omissão por parte das autoridades;
Quanta privação por parte da própria humanidade.
Escravidão não tem cor:
Brancos, mestiços, negros, mulatos...
Que diferença faz, todos são iguais perante Deus,
Perante o amor.
Todos têm seu real valor.
Para que então:
Tanta opressão, tanta omissão, tanta privação,
Tanta escravidão diante do Senhor?
Diante do nosso maior criador?

Donizete Alves

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