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domingo, 10 de fevereiro de 2013

PONTOS DE INTERROGAÇÃO


Para que tanta ciência e tanta evolução,
Se o homem se esquece de viver em comunhão.
Para que tanta maldade e tanta obsessão,
Se somos todos gente e perante Deus irmãos.
Para que tanto egoísmo e tanto desperdício,
Se seremos conturbados pelo nosso próprio vício.
Para que tanto querer e tanta ambição,
Se há tantos com fome e outros sem visão.
Para que tanta revolta e tanta conturbação,
Se a paz está tão próxima basta amarmos nosso irmão.
Para que tanta ciência e tanta revolução,
Se já estamos tão distantes das coisas do coração.
Para que tanto descontrole e tanta poluição,
Se seremos todos asfixiados por nossa própria ambição.
Para que tanto egoísmo e tanta perdição,
Se vivemos angustiados precisando dar as mãos.
Para que tanta futilidade e tanto supérfluo,
Se já estamos tão distantes de glorificarmos o belo.
Para que tanto armamento e tanta extirpação,
Se seremos todos aniquilados e o objetivo em vão.
Para que tanto desmatamento e tanta destruição,
Se seremos todos exterminados por nossa própria incisão.
Para que tanta corrida e tanta pressa.
Se há alguém, em algum lugar, à nossa espera.

Donizete Alves

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