Imagine um
aparelho que pode detectar instantaneamente infecções, estresse, células
sanguíneas, marcadores de câncer e até mesmo a qualidade da comida. Pode parar
de imaginar, pois este aparelho já existe: se chama Microflow, e será testado
pela NASA na Estação Espacial Internacional (EEI).
O
dispositivo é uma versão miniaturizada de um equipamento de citometria de
fluxo, de muito usado em hospitais e centros de pesquisa. Normalmente, os
citômetros pesam centenas de quilos, mas o Microflow tem o tamanho de uma
torradeira, e pesa cerca de 9 kg.
Ele usa
lasers e sensores para contar células, classificá-las, e detectar uma série de
biomarcadores em qualquer líquido, como o sangue. De acordo com a NASA, ele
funciona em “tempo real”, dando o diagnóstico em até 10 minutos.
A versão
miniaturizada do citômetro de fluxo foi possível graças ao trabalho do National
Optics Institute External, da cidade de Quebec (Canadá), e foi feita para
trabalhar no espaço, onde a microgravidade afeta o comportamento dos líquidos.
Dentro da EEI, o Microflow vai manter a saúde dos astronautas e cosmonautas sob
vigilância constante. Na falta de um Dr. McCoy, a longa duração das missões
torna impossível que a tripulação receba diagnóstico médico em órbita, e é aí
que o Microflow se encaixa.
Mas o uso do
Microflow vai ser mais interessante ainda na Terra. Com seu tamanho reduzido
(tudo bem, ainda não é um portátil e conveniente tricorder, mas
é pequeno e acessível), ele vai permitir que pessoas do mundo todo tenham
acesso a diagnósticos instantâneos de câncer e infecções. Além disso, eles
podem ser entregues facilmente em áreas de desastre, onde é mais difícil
conseguir equipamento laboratorial.
Finalmente,
o Microflow poderá ser usado também para a análise de alimentos tanto em
pequenas fazendas quanto grandes empreendimentos agrícolas, detectando
instantaneamente germes potencialmente perigosos.
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