Páginas

sábado, 9 de fevereiro de 2013

ORGULHO

Para que tanta soberba, tanto orgulho,
Se a vida pode acabar num minuto.
Para que tanto orgulho
Do que somos, se nem mesmo somos.
Se um simples e insignificante mal,
Que nem mesmo vemos nos percebe e destrói,
Se qualquer coisa nos corrói.
Se quando morremos não mantemos presença,
Não fazemos nenhuma diferença.
Se quando nos decompomos somos iguais,
Se já não importa o que se fez, ou faz.
Se nos desapercebemos da vida em futilidades,
Fazendo maldades.
Se nas atitudes, nos atos, nos gestos...
Somos tão inconseqüentes, tão incorretos.
Se preferimos o supérfluo, ao belo.
Se tudo o que construímos com ganância,
Desfalece-se em pó,
Pois ao espírito nada representa, nada acrescenta.
Para que tanto orgulho,
Se no juízo final não reconhecerem nossa crença,
Se ampliada for à sentença, se não notarem nossa presença?

Donizete Alves

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...