Quanta coisa mestre, vós construístes.
E o homem destruiu.
Quanta coisa vós ampliastes,
E o homem redimiu.
Quanta coisa vós deixastes,
E o homem consumiu.
Quantos lagos e rios vós cristalizastes,
E o homem poluiu.
Quantas árvores e bosques vós plantastes,
E o homem em deserto transformou.
Quanto abraço e quanta mão amiga, vós estende-se.
E o homem o inimizou.
Quantas rosas e cravos vós enxertastes,
E o homem só espinhou.
Quanta bondade vós deixastes,
E o homem à maleficou.
Quantos sorrisos vós transmitistes,
E o homem em lágrimas transformou.
Quanta semente vós cultivastes,
E o homem estraçalhou.
Quanta paz vós pregastes,
E o homem só guerras criou.
Quanta mensagem vós decifrastes,
E o homem rejeitou.
Quanto amor e sabedoria vós pregastes,
E o homem sequer se interessou.
Perdoa-o mestre,
Pois ele é tão obscuro que até teu filho sacrificou.
Até o teu filhou... crucificou!
Mas dá-lhe mestre,
Uma chance de se redimir transmitindo-lhe sabedoria e amor.
Para que ao invés de espinhos...
Ele passe a cultivar a flor.
Donizete Alves
Nenhum comentário:
Postar um comentário