Publicado no Último Segundo.
O serviço de inteligência do Reino Unido
(conhecido como MI5) investigou a escritora Agatha Christie durante a Segunda
Guerra Mundial (1939-1945) por causa da suspeita de que ela tinha um espião no
centro secreto de Bletchley Park, usado para decifrar códigos.
De acordo com o jornal The Guardian, as
informações estão em um novo livro sobre o centro, “The Codebreakers of Station
X”, de Michael Smith, publicado nesta segunda-feira.
O motivo da suspeita do MI5 era o nome de um
dos personagens do romance “M ou N?”, o major Bletchley. No livro, publicado em
1941, M e N são as iniciais de dois agentes de Adolf Hitler. O major Bletchley
aparece como um ex-militar que afirma conhecer os segredos de guerra do Reino
Unido.
Como parte das investigações, autoridades
interrogaram Dilly Knox, um funcionário do centro em Bletchley Park que era
amigo de Christie. O MI5 não teria interrogado a escritora por medo de chamar
atenção para o caso.
Segundo o livro, Knox disse que Christie não
teria como saber nada sobre as operações reais do centro, mas concordou em
perguntar a ela o motivo de o personagem se chamar Bletchley.
Para alívio do MI5, a escritora respondeu
que tinha ficado parada na região durante uma viagem de trem e se vingou dando
este nome a um de seus personagens mais antipáticos.
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